O bispo do Algarve considerou no Encontro Nacional de Catequese, que se realizou no Centro Pastoral da Diocese do Algarve, em Ferragudo, que a instituição do ministério do catequista “não é algo que deve partir do bispo ou até dos próprios párocos”, mas “é a própria comunidade que deve ser envolvida”.
Em declarações à Agência Ecclesia e ao portal Educris do Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC) – organismo que promoveu aquela iniciativa que teve início no dia 02 de abril e que ontem terminou – D. Manuel Quintas defendeu o “envolvimento do Conselho Pastoral” de cada paróquia. “Que seja o próprio Conselho a pronunciar-se sobre aqueles catequistas que se propõem ou que são propostos porque assim exprimimos também aquilo que é a sinodalidade da Igreja”, sustentou.
O bispo diocesano considerou que, desse modo, “o próprio catequista sente-se mais apoiado”. “É a comunidade que apoia, que indica o caminho, que apresenta, que propõe. Isto é muito enriquecedor e deixa-nos a todos mais pacificados naquilo que diz respeito à concretização desta iniciativa que é tão louvável e oportuna”, prosseguiu, considerando ser “preciso que as comunidades sejam informadas sobre a missão do catequista e sobre o que se pretende com a instituição de um catequista no ministério”.
O 61º Encontro Nacional de Catequese, que teve como tema ‘Identidade e Ministério do Catequista: Desafios Pastorais’, contou, para além do bispo do Algarve, com a participação dos bispos D. António Augusto Azevedo, D. António Moiteiro e D. Manuel Felício, membros da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé da Conferência Episcopal Portuguesa, e de quase 90 responsáveis da catequese das 20 dioceses portuguesas.
D. Manuel Quintas considerou a escolha daquele tema “oportuno e atual porque ajuda os párocos, o bispo, a diocese e as comunidades a discernir e a entender bem o que é que significa este serviço e o que significa também a instituição”. “O ministério do catequista é fundamental e essencial no anúncio do Evangelho e na transmissão da fé. Reconhecer este serviço tão importante como ministério dá-me esperança e muita alegria”, afirmou.
O responsável diocesano realçou a importância de ir “caminhando” e “aprendendo”. “Já tenho dito aos párocos que estamos a fazer caminho. Não há urgência, não há pressa em sermos a primeira diocese na instituição de catequistas. O que é importante é realizar este serviço e esta missão. E, por isso, é importante que comecemos bem”, afirmou.
E o bispo do Algarve destacou o trabalho que tem sido feito a esse nível na diocese. “O Secretariado Diocesano [da Catequese] tem promovido encontros a todos os níveis e em diferentes lugares da diocese com os catequistas. Tem havido também muita resposta e muito envolvimento dos catequistas. Eles dão tanto de si mesmos às suas paróquias e ainda encontram espaço, mesmo com sacrifício pessoal e da família, para irem a esses encontros de formação”, observou.
D. Manuel Quintas lembrou ainda a realização recente de um encontro do clero dedicado ao novo itinerário para a catequese em Portugal. “Sentimos necessidade de dedicar uma assembleia diocesana do clero a este tema por que os párocos não podem, por tantas razões, ir àqueles encontros de catequistas. Isto também é enriquecedor porque nos leva a atualizar sobre aquilo que se pretende com este novo itinerário da catequese”.
No final do Encontro Nacional de Catequese, o bispo do Algarve presidiu à celebração da Eucaristia na Sé de Faro, concelebrada pelos restantes bispos participantes.
(Fonte: folhadodomingo.pt)