Nota de pesar – Maria Amélia Valente Vargas

RSCJ – LEIGOS MISSIONÁRIOS

Maria Amélia Valente Vargas, nascida em Castro Verde, distrito de Beja, a 7 de outubro de 1941. Foi sempre alentejana de alma e coração, mas Coruche foi a sua terra adotiva, desde muito nova. Durante a juventude, no verão, vinha visitar os seus tios que aqui moravam. Aqui foi fazendo amizades que foi mantendo ao longo da vida. Aqui conheceu o homem com quem viria a casar. Aqui nasceram os seus dois filhos que sempre a acompanharam e que depois casaram. Então passou a amar também o genro e a nora. Depois vieram as netas, os netos e as bisnetas a quem todos tanto amava e de quem tanto se orgulhava. E aqui viveu a sua vida inteira, até ao fim dos seus dias. Mulher bonita, inteligente, dedicada e muito habilidosa em tudo o que se envolvia. Mulher de personalidade forte e de caráter bem vincado. Mulher ativa e pronta a lutar, sempre que as vicissitudes da vida teimavam em aparecer.

Mulher de princípios e crente nos valores religiosos da fé cristã que sempre praticou sem vacilar, destacando-se a veneração que tinha a Nossa Senhora do Castelo, a cuja irmandade pertencia. Maria Amélia foi, sem dúvida, a Coruchense mais Alentejana que esta vila pode orgulhar-se de ter tido (de sua filha Maria Alexandra).

As Missionárias Reparadoras do Sagrado Coração de Jesus têm em Coruche, Arquidiocese de Évora, uma Comunidade desde o dia 23.01.1946 e, para além de darem a sua colaboração nas catequeses, liturgia e pastoral, particularmente nas paróquias confiadas ao Sr. Padre Elias Serrano Martins, procuram fazê-lo segundo a especificidade do Carisma que o seu próprio nome indica e partilham esta sua Espiritualidade com Leigos que desejam também viver a sua vida cristã e apostólica animada por esta espiritualidade.

A D. Maria Amélia Valente Vargas, fazia parte do Grupo dos Leigos Missionários Reparadores, o qual sob a orientação da Irmã Coordenadora, juntamente com a Equipa de Leigos eleita de três em três anos, têm a missão de planificar o Plano Anual de atividades tendo 12 Encontros por ano: 6 de reflexão de temas da diocese e da Congregação e 6 de oração. 

Deus quis chamá-la Si, no dia 24.06.2024. A sua família neste mesmo dia nos comunicou e de imediato foi comunicado à nossa Casa-Mãe onde teve missa, bem como na Igreja Matriz de Coruche, pelo seu eterno descanso e pelo conforto de Deus a seus estimados familiares. 

Devo dizer que o facto de Maria Amélia estar na lista da Paróquia Matriz de Coruche para fazer a Oração Universal da 5ª feira de cada semana na Missa das 10h da manhã e, desde que foi hospitalizada, outra pessoa teve de ir no seu lugar, nesse mesmo momento a saudosa Maria Amélia se torna memória viva para mim.

(Irmã Maria de São Paulo)